CARAMURU, O HERÓI VIANENSE

CARTAZ

CARAMURU, O HERÓI VIANENSE

Ficha Artística

Grupo: MAO

País: PORTUGAL

Texto: Sabahat Passos

Encenação: Alexandre Vorontsov

Interpretação: Alexandre Vorontsov, Carla Magalhães, Sabahat Passos

Desenho e construção de marionetas: Sabahat Passos

Cenografia e adereços cénicos: Alexandre Pring

Música original: Madandza

Desenho gráfico: André Teoman, Ricardo Ferreira



Ficha Técnica:

Técnica: Mista
7 Marionetas de vara de cabeça 60 cm de altura no palco do “Teatrinho”.
5 Mascaras
2 Marionetas de tamanho humano de técnica bunraku
Objectos
3 Actores
3 Músicos com percussões
partilhando o palco com vários tipos de interacção e jogos do espelho.

Duração do espectáculo: 1hora

Público:
Público familiar, M4

Montagem: 4 horas

Desmontagem: 2 horas

SINOPSE

Caramuru, aliás Diogo Alvares é um herói vianense e foi um deus por acaso.

É um herói, porque foi capaz, teve coragem, de participar numa aventura, que, naquele tempo não era para qualquer um: "Os achamentos" portugueses no século XVI. E teve engenho para conseguir sobreviver e ter sucesso em circunstâncias muito difíceis.

E foi um deus por acaso porque a sua presença e aquilo que consigo levava, para aqueles gentes que encontrou, eram autênticos e indiscutíveis milagres.

Consegue amar e ser amado, vive uma história de amor com uma bela índia, Paraguaçu.
É uma história de amor, sobre a tolerância e a paz, uma paz que foi também uma conquista.
É uma bela história! Tem tudo: aventura, tragédia, drama, romance, acção e ainda... É um espectáculo com muita música, ritmo e muito divertido!

Conta como personagens:
Diogo Alvares – Caramuru
Paraguaçu
Chefe Gupeva
…e muitos índios

SIC - Reportagem com Alexandre Vorontsov, encenador do espectáculo CARAMURU

O Jornalista Carlos Rico veio ter connosco na Escola S.Gil para assistir um ensaio e fazer uma reportagem com Sasha.
Estiveram presente Ze Puto, Mandinho, Guru e Isa de MADANDZA , Ricardo Ferreira, o nosso designer fantástico e ainda DEniz Maria "A Mascote do Teatrinho".
Sabahat e Carla juntamente com Sasha manipularam os marionetas em construção num cenário em construção.
Puf! Foi difícil!

Quem é CARAMURU? por Helder Costa

CARAMURU



Diogo Alvares Correia, fidalgo da Casa Real, natural de Viana do Castelo, foi dos primeiros ( ou o primeiro?) dos Europeus a pisar solo Brasileiro.
Naufragou por volta de 1510 na baía de Todos os Santos e ficou nas mãos dos índios Tupinambá, guerreiros e antropófagos. Triste destino em perspectiva.
Mas, segundo o poema épico de Frei José de Santa Rita Durão ( século XVIII, Minas Gerais), enfermo e fraco, conseguiu astuciosamente retirar do barco destroçado pólvora , munições, e a espingarda servia – lhe de cajado…
Passa – se uma luta entre tribos rivais, Diogo Alves dispara e transforma – se num herói. Dão –lhe o nome CARAMURU, Filho do Trovão ou Criador do Fogo por causa do som e do fogo da sua arma.
Cerca de 30 anos mais tarde, em Tanegashima, ilha do Japão , um outro português tem uma aventura semelhante. Fernão Mendes Pinto, o extraordinário cronista de “ Peregrinação”, conquista as graças do Nautaquim, o senhor da ilha, mostrando o poder do fusil derrubando um pássaro. Novamente o poder da arma desconhecida a fazer a sua lei de espanto e novidade. Ainda hoje se comemora nessa ilha esse estranho facto de um barbudo chegar com uma espingarda que haveria de mudar o mundo Oriental ; quando Fernão voltou a essa ilha 2 anos depois, os Japoneses já tinham construído mais de 2 mil espingardas…nessa festa anual conta – se a lenda de o Rei Japonês ter dado a sua filha a Fernão…
Voltando a CARAMURU, a verdade e não lenda, é que ele casou com Paraguassu, a filha de Morubixava Taparica, chefe dos Tupinambas.
Assimilado à cultura Índia, o viajante de Viana do Castelo foi de enorme importância
ajudando a Coroa Portuguesa , os comerciantes e os missionários.
Numa viagem a França, a rainha Catherine de Medicis deu o nome de Catarina a Paraguassu. O casal teve varios filhos que iriam dar origem às mais importantes famílias da aristocracia Baiana.
O facto de se fazer um espectáculo de teatro recordando CARAMURU reveste particular importância no mundo actual.
Porque a acção de Diogo Alves Correia se insere nos princípios cosmopolitas que os grandes intelectuais portugueses, Damião de Góis, Padre António Vieira e outros, sempre defenderam em oposição ao colonialismo esclavagista.
Porque a miscigenação criando a mistura de raças significou e continuará a significar o caminho da unidade entre os povos. Apagando a estranheza e hostilidade contra o “OUTRO”, eliminando a guerra e cultivando a PAZ.
HÉLDER COSTA
Lisboa, 16 de Janeiro 2008

Eu sou FOFAFOFURAÇU, não me chama "Passarinha" papai!

E hoje vesti me chique! Estou quase pronta para estreia, embora nervosa. A história já está escrita, já conheço o meu destino: Caramuru não gosta de mim, por eu ser gorda.
Mas aconteceram muitas coisas durante os ensaios que abriram os meus olhos!
Há mais portugueses giros no mundo e um deles.... Querem saber mais?
Talvez no meu blog. www.fofafurazu.blogspot.com
Agora vejam como sou bela!